Demorou, mas chegou. O artista plástico brasiliense radicado em Nova York, Fernando Carpaneda, finalmente traz à Capital uma coleção completa para os conterrâneos. A exposição "Fernando Carpaneda - Arte de Brasília em Nova Iorque", acontece sábado (7), a partir das 20h30 no Espaço Cultural Renato Russo. A exposição tem vários significados para a cidade, sendo a mais importante o encontro do artista com sua sua terra.
Carpaneda, para quem não sabe, foi um dos primeiros artistas brasileiros visuais a expor sistematicamente obras homoeróticas no Brasil. Desde os anos 80 que ele se dedica a retratar e representar o universo de mendigos, prostitutas, usuários de drogas, punks e marginais e malditos de toda sorte.
Sua obra é um impulso viceral e intrinsico de própria natureza. Carpaneda produz o que ele é. Em sua arte não é raro encontrar material de seu próprio DNA, como fios de cabelo, esperma misturados a meteriais do cotidiano guimbas de cigarros, latas de cerveja, caixas vazias de pastas de dente. Tudo para compor modelos geralmente figurativos feitos de argila.
Precoce, iniciou sua carreira ao 13 anos com paisagens ingênuas, mas logo se atirou às penumbras do underground e viu sua arte ser catapultada para as camadas escondidas da cidade, as bocas de fumo, pontos gays, travestis e traficantes. Nos Estados Unidos, onde se radicou, sua arte se tornou mais vigorosa.
Dez anos depois de habitar a cidade e divulgar seu trabalho, Carpaneda colhe seus frutos. No úlltimo mês ele foi convidado a participar da exposição Art Takes Times Square, que recebeu artistas de várias partes do mundo e que expôs suas telas em gigantescas de LED instaladas em plena Times Square, em Nova York. O convite foi consequência direta do seu trabalho no ano passado, com a exposição Fernando Carpaneda: Queer, na qual ele apresentou a escultura intitulada Bolsonaro’s Sex Party (A festa do sexo de Bolsonaro, em tradução literal), que mostrava o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) em uma ardente orgia sexual com um grupo de punks.
A escultura entrou no acervo do The Leslie Lohman Gay Art Foudation, em Nova York — oficialmente o primeiro museu de arte gay dos EUA. A peça fica exposta ao lado de trabalhos de artistas como Andy Warhol, Keith Haring e Robert Mapplethorpe.
Na exposição de Brasília, além de obras de várias fases de sua carreira, serão mostradas dez pinturas de sua produção mais recente, incluindo três que participaram da exposição Art Takes Times Square em Nova Iorque. Meticuloso, o artista “garimpou” em garage sales, antiquários e brechós de Nova Iorque molduras antigas, que tivessem sua própria história, contrastando com sua obra moderna e underground. Selecionadas e trabalhadas manualmente, as molduras foram incorporadas a cada obra pelo próprio artista, que já se prepara para sua próxima exposição internacional, com estreia marcada para julho, na Espanha.
Serviço:
Fernando Carpaneda - Arte de Brasília em Nova Iorque - Do dia 7 de julho a 15 de agosto, na Galeria Rubens Valentim, no Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul.
fonte: cerrado mix
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