Terça-feira, 13 de Maio de 2008
O som do Brasil em alto estilo
A temporada 2008 do Som Brasil segue no dia 30 de Maio, depois do Programa do Jô, com a exibição de Som Brasil – Gonzagão.
Nesta segunda edição, o programa apresentado por Letícia Sabatella tem como convidados Elba Ramalho; Rubi, cantor revelação na cena paulistana atual; Marina Elali, jovem intérprete cuja carreira está em plena decolagem; Cabroeira, grupo paraibano que segue carreira internacional; e o rapper fluminense Black Alien. Eles relembram sucessos como Asa Branca, Baião, Juazeiro, Vida de Viajante, Respeita Januário, Assum Preto, Luar do Sertão, Qui nem Jiló, Xote das Meninas, Sabiá, Pau de Arara, Dezessete e Setecentos, Paraíba e Vozes da Sêca.
Luiz Gonzaga do Nascimento, mais conhecido como “o rei do baião”, nasceu em 1912 em uma fazenda no interior de Pernambuco. Ainda na infância, passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras acompanhando seu pai, com quem aprendeu a tocar acordeão. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil.
Aos 18 anos, ingressou no exército e durante nove anos viajou por vários estados como soldado até 1939, quando deu baixa do exercício militar, decidido a se dedicar à música. Em 1945, nascia Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, fruto de uma relação com uma integrante da banda. Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, com quem viveu junto até a morte dela.
Seu repertório apresentou sucesso à medida que difundia pelo Brasil o baião, gênero musical que o consagrou. Com Humberto Teixeira, compôs No Meu Pé de Serra e Respeita Januário, até chegar à canção mais emblemática de sua carreira, Asa Branca. Ao lado de outro grande parceiro, José Dantas, alcançou seu auge com Assum Preto, Vozes da Seca e A Vida do Viajante.
Sofrendo de osteoporose, Gonzagão faleceu em Recife em 1989. Sua carreira é lembrada pelas dezenas de músicas que compôs ao lado de grandes intérpretes e seu estilo único de música nordestina é homenageado até hoje por todo o Brasil.
